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AVES DE RAPINA 05
AVES DE RAPINA 05

      O que são aves de rapina?

 

Harpia, também chamada de Gavião-real (Harpia harpyja). Zoo de Cuiabá/MT. Foto: Willian Menq

As aves de rapina ("rapina" = raptar, aves que  raptam) é um termo utilizado para caracterizar as aves carnívoras que  apresentam determinadas adaptações para a caça ativa. No geral elas possuem o  bico curvo e afiado, garras poderosas e fortes, além de uma excelente visão e  audição. As mais conhecidas são as águias, gaviões e falcões, mas também fazem  parte do grupo as corujas, abutres e urubus.

Com base nos dados existentes, existem mais de 550 espécies  de aves de rapina no mundo, 340 só de espécies diurnas (gaviões, falcões e  águias) e 212 só de corujas. Não existe um número exato, pois alguns táxons são  considerados espécies enquanto outros cientistas classificam os mesmos como  subspécies ou variações, raças de espécies. No Brasil, segundo o Comitê  Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO), existem 98 espécies de aves de  rapina, sendo 48 da Ordem Accipitriformes (águias e gaviões), 21 de  Falconiformes (falcões), 23 Strigiformes (corujas) e 6 Cathartiformes (urubus)  e, aliado aos outros países da região neotropical, concentra o maior número de  espécies de rapinantes do mundo.

As aves de rapina são encontradas em praticamente todos os  continentes e nos mais váriados hábitats, desde as matas tropicais até nas  montanhas mais elevadas. A variedade de formas e tamanhos é impressionante,  havendo representantes com pouco mais de 50 g até águias imponentes com mais de 9 kg. No Brasil existe uma das  mais poderosas aves de rapina do mundo, o gavião-real também chamado de harpia.  Com seus dois metros de envergadura e um metro de comprimento, caça animais  como cachorros-do-mato, preguiças, macacos e até filhotes de veado. Vive na floresta  amazônica e setores mais preservados da Mata atlântica.               

Exímias caçadoras

A fim de encontrar alimento, às aves de rapina desenvolvem  uma visão muito aguçada, seus olhos são incrivelmente melhores que o olho  humano, o que lhes permite enxergar bem a grandes distâncias. A águia-real (Aquila chrysaetos), por exemplo,  consegue ver uma lebre a mais de 3   km de distância. As corujas, também  costumam caçar à noite, seus olhos são bem  sensíveis à luz. No escuro elas enxergam 10 a 100 vezes mais do que os humanos. Em  conjunto a excelente visão, sua audição é apuradíssima, localizam uma presa  caminhando nas folhagens na mais completa escuridão.

Os falcões são muitos velozes, o falcão-peregrino Falco peregrinus, por exemplo, é  considerado o mais veloz dos seres vivos, em um vôo picado (quando desce em  alta velocidade) pode atingir mais de 250 km/h (não existe um estudo detalhado sobre  sua velocidade máxima, mas é certo que ele é muito veloz). Nesses voos picados  que realiza para capturar uma presa, o choque contra ela é tão violento que  geralmente quebra os ossos da vítima ou até acaba degolando a presa em pleno  vôo.

As presas  favoritas das aves de rapina variam de acordo com a espécie, há gaviões que  preferem roedores e pequenos mamíferos, águias como a harpia que gosta de  preguiças e macacos, rapinantes como o gavião-caramujeiro que come  exclusivamente caramujos, falcões como o acauã que caça serpentes e outros  répteis, etc.

Gavião-bombachinha-grande (Accipiter bicolor). Florestal, é um exímio caçador de aves. Foto: Willian Menq               

 

 

Aves de rapina: características gerais

(Clique para ampliar)

As  aves de rapina, por serem predadoras, necessitam de diversas adaptações para a  caça ativa, como visão e audição apuradas, garras e bicos fortes e afiados,  etc. Cada espécie é moldada de acordo com o tipo de presa que captura e ambiente em que vive.               

Visão               

A visão dessas aves é incrível, muitas detectam suas presas a grandes distancias. A águia-real  (Aquila  chrysaetos),  por  exemplo,  consegue  ver  uma  lebre  a  mais  de  3 km  de distância. Os olhos são voltados para frente, é resultado de uma adaptação a localização de  sua  presa,  dando  noção  de  distância  e  profundidade.  Os  olhos  também  são proporcionalmente  grandes  em  relação  à  cabeça,  apresentando  milhares  de  células  da retina  (cones  e  bastonetes).  Nas  corujas  os  olhos  são  tão  grandes  que  ficam  imóveis dentro  de  seu  crânio,  campo  visual  limitado  na  qual  é  compensado  com  a  excelente capacidade de girar a cabeça a 270º graus devido ao número maior de vértebras cervicais                   em relação a outros vertebrados (duas vezes mais que na espécie humana).

Assim como em outras aves, elas possuem nos olhos uma membrana fina chamada de membrana  nictitante,  cuja  finalidade  é  limpar  e  proteger  os  olhos  de  poeiras  em  voo, ciscos,  etc.  As  corujas,  como  são  em  grande  maioria  noturnas,  possuem  adaptações morfológicas adicionais para caçar em ambientes com ausência de luz. Os olhos dessas aves noturnas possuem uma camada de células atrás da retina chamada tapetum, que reflete a luz sobre as células bastonetes, imprimindo uma segunda vez a mesma imagem e possibilitando melhor captação de luz. Como resultado, as corujas possuem uma visão noturna excelente, enxergando de 10 a 100 vezes mais que os humanos.               

(B) Membrana nictitante da Harpia. Foto: Willian Menq
Esquema da visão binocular das aves de rapina

Audição    

A audição das rapineiras é bem desenvolvida, os ouvidos estão localizados em cada lado do  crânio,  próximo  aos  olhos.  Nas  corujas  a  audição  é  mais  sofisticada,  elas  possuem grandes  discos  faciais  que  auxilia  no  direcionamento  do  som  e  seu  crânio  possui  uma grande  abertura  dos  ouvidos,  com  isso  conseguem  detectar  facilmente  um  roedor caminhando  entre  as  folhagens  na  mais  completa  escuridão.  Segundo  observações cuidadosas de comportamento, indicaram que as corujas usam dois tipos de informações em sua resposta de orientação auditiva: a intensidade do som e o tempo de chega do som em cada ouvido. A intensidade do som é usada pelas corujas para determinar a elevação do alvo, e o tempo de chegada do ruído nos ouvidos é usado para determinar a azimute do  alvo  (desvio  lateral  de  um  ponto  diretamente  em frente  da  cabeça  da  coruja).  As corujas  conseguem  discriminar  a  elevação  de  uma  fonte  sonora  graças  a  seus  discos faciais, região ao redor das aberturas dos ouvidos, formada por penas rígidas.

Nos  gaviões  a  abertura  dos  ouvidos  é  posicionada  simetricamente  em  cada  lado  da cabeça, já as corujas possuem uma simetria bem pronunciada, a abertura da direita está dirigida  para  cima,  enquanto  que  a  abertura  esquerda  está  dirigida  para  baixo.  Este arranjo pode fornecer a base para a discriminação da elevação através das informações de intensidade. Os discos faciais em aves de rapina diurnas como dos Micrastur sp, Circus sp e Harpia harpyja provavelmente colabora na detecção de presas, de forma semelhante às corujas.

Face da coruja-preta, os discos faciais auxiliam na detecção de sons. Foto: Beto Vieira
Esquema do crânio de uma coruja, com destaque a simetria da abertura dos ouvidos.

Olfato  

As aves possuem um olfato pouco desenvolvido,  são mais dependentes da visão e da audição para encontrar alimento e evitar  perigo. Mas há uma exceção, o urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura). Este urubu possui o olfato muito aguçado, é capaz  de detectar a grandes distâncias o cheiro de animais mortos.  Graças à sua capacidade de  vôo e sensibilidade do olfato, costuma ser o primeiro urubu a chegar na carniça.

Garras e tarsos        

As corujas, gaviões, águias e  falcões usam as garras para caçar ativamente, com força e eficiência bastante  diversificadas dentro dos grupos. O tamanho das garras depende do tipo de presa  que a ave costuma agarrar, águias de grande porte possuem tarsos grossos e  garras grandes, pois capturam animais como macacos, preguiças e mamíferos  terrestres; espécies pescadoras como a Pandion  haliaetus possuem  calos ásperos nos dedos, o que as ajuda a segurar peixes escorregadios. Espécies  menores têm garras pequenas, porém mais afiadas. Falcões e gaviões que caçam aves em voo, além do corpo musculoso e silhueta adaptada ao voo ágil, possuem dedos longos e garras finas e afiadas.

O gavião-pernilongo Geranospizia caerulensis possui  pernas bem longas e uma articulação intertarsal mais móvel, capaz até de se  dobrar para trás, sendo especializado na exploração de cavidades. As corujas  possuem seus tarsos emplumados para diminuir o ruído nas caçadas, e o dedo  externo (nº4) pode virar  voluntariamente para trás reforçando o hálux para segurar a presa além de  aumentar a superfície de contato para captura da mesma. O bico e os pés de DaptriusIbycterMilvago Polyborus são relativamente fracos quando comparados a outros  rapineiros. As  patas e as garras dos urubus não são tão fortes como a das aves de rapina, não  tendo a função de matar ou transportar presas.

O  tipo das garras depende do tipo de presa  que a ave costuma caçar.

Bico   

O bico  curvo, forte e afiado está relacionado ao ato de dilacerar a pele de suas  vítimas, como por exemplo, mamíferos, lagartos, cobras, etc., alguns falcões  costumam usar o bico para matar suas presas. Falcões pequenos como o quiriquiri  (Falco sparverius) têm bico curto, adequado para comer insetos e  pequenos vertebrados. Grandes águias como a Harpia, possuem bico pesado e  extremamente forte, para arrancar grandes nacos de carne de suas presas. O  gavião-caramujeiro (Rostrhamus sociabilis) é um especialista em  caramujos, e devido a esse hábito alimentar, apresenta bico longo, muito fino e  curvado, o que permite atingir o interior das conchas de caramujos. O bico de  espécies como as dos gêneros Falco e Harpagus apresenta estruturas similares  a dentes que facilitam a dilaceração de presas.

Penas e o Voo  

As penas são constituídas de  queratina, o mesmo material de que são formadas as unhas nos mamíferos. Os zoólogos dividem as penas da asa das aves em vários  grupos. Cada grupo de penas desempenha uma função importante. As penas de  cobertura (coberteiras) tornam a asa mais grossa na frente e o ar frui mais  rápido por cima, essas penas tem a função de diminuir a aderência da ave com o  vento. As penas de baixo ou “penugem’ são penas  macias localizadas perto do corpo, elas ficam por baixo das penas de contorno e  tem função de manter a ave aquecida. As penas de voo, como o nome diz, auxilia  no voo da ave, as penas da ponta das asas (as primárias) podem se abrir  ou fechar para aumentar ou diminuir a resistência. As penas secundárias se  movem para baixo aumentando a resistência, ou para cima, reduzindo-a.

As penas de voo e contorno das  aves de rapina têm uma grande resistência, elas se prendem umas às outras por  mais de 350.000 ganchos minúsculos, chamados de bárbulas. As partes da pena que  se prendem se chamam bárbulas inclinadas. Quando as penas estão desalinhadas, a  ave umedece o bico numa glândula situada acima da cauda, onde há óleo, e  lubrifica as bárbulas, colocando-as no lugar. Esse mesmo óleo ajuda a evitar  que as penas se encharquem na chuva. O processo de organização das penas é  chamado de “preening”. As corujas apresentam uma plumagem mais macia, a estrutura das  rêmiges é menos rígida o que possibilita um vôo silencioso, que não interfere  na orientação acústica durante a caça e não permite a detecção do predador pela  presa. Os urubus por serem carniceiros possuem a cabeça e o pescoço nus, adaptação que dificulta o  acúmulo de restos alimentares nas penas durante a alimentação.

A variação no formato das  asas é, geralmente, relacionada ao habitat e ao tipo de vôo predominante. Espécies que vivem em ambientes abertos como os  gaviões do gênero Buteo, por  exemplo, possuem asas longas e amplas e caudas de tamanho médio,  morfologia ideal para planar por várias horas gastando o mínimo de energia.  Espécies florestais como as águias-florestais (Morphnus, Harpia, Spizaetus), Micrastur sp e Accipiter sp, possuem asas curtas porém  largas e caudas relativamente grande, aerodinâmica especializada em vôo ágil e  boa manobridade entre às árvores na floresta. Os Falcões (Falco) são  menores e sua aerodinâmica é especializada a vôos de altas velocidades e para  execução de manobras rápidas, para isso possuem asas longas afiladas e cauda  curta (parecendo um Bumerangue).               

Detalhe da pena de voo de uma coruja, é possivel observar as extremidades serrilhadas, modificação que garante um voo silencioso.
O formato das asas geralmente está relacionado ao habitat, modo de caça e forrageio e ao tipo de vôo predominante da espécie.

O  dimorfismo  sexual  é  predominantemente  relacionado  ao  tamanho  (com  fêmeas maiores),  sendo  bastante  pronunciado  em  espécies  do  gênero Accipiter e Harpia, mas pode ser reconhecido através do peso nas outras espécies. A diferença de coloração entre os sexos ocorre apenas em algumas espécies como, por exemplo, no Circus buffoni e Falco sparverius.

Esqueleto e Músculos

Todas as aves possuem ossos  pneumáticos, ou seja, ossos ocos que as tornam mais leves ajudando no voo. Em  algumas partes internas os ossos possuem nervuras para torná-los mais fortes. Os principais músculos do voo estão ligados ao grande  osso peitoral. Esses músculos peitorais nas aves de rapina representam grande  parte da massa corpórea da ave (correspondem quase a metade do peso da ave), os  músculos que impelem as asas para baixo são muito maiores que os músculos do  que os que movimentam as asas para cima isso porque eles precisam de mais força  para comprimir as asas para baixo, movimento que vai contra a gravidade e o  vento (movimento submetido a uma pressão maior).                

Características gerais das aves de rapina: Bicos e garras afiadas, fortes e poderosas; visão binocular, audição apurada e voo poderoso.